Como age a capoeira na vida de quem a pratica?
"Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal" (Provérbios 13:20)
A capoeira
por si só, não existe. Como diz as sábias palavras do Mestre Camisa, somos nós os
capoeiristas, que fazemos com que ela exista. É a sabedoria de grandes Mestres, passada por gerações, em pleno processo de desenvolvimento.
Desde o
início, a capoeira vem com o propósito de luta pela liberdade. Liberdade essa, sendo possível se começada no íntimo do indivíduo, transformando um espírito
cativo em espírito livre. A capoeira instigava o negro mais fraco que o branco, a buscar força a aonde ela é inesgotável, dentro de si mesmo. E hoje, não é
diferente, o que muda são as circunstâncias, mas o legado ainda é o mesmo.
Hoje,
embora se diz não ter escravidão, sabemos que isso não é verdade, ela apenas
modernizou. Em vez de libertar os negros, ela levou mais pessoas a se escravizar,
gente de todas as raças, crenças e etnias, pois o sistema age nos incentivando
a escravidão. Pensando nisso, concluímos que somos escravos de nos mesmos, que
nos deixamos levar pela ganância, pela inveja, pelo o egoísmo e entre outros sentimentos que
vem como reflexo na disputa pelo pódio do capitalismo. Mas ainda temos uma luz
muito forte na capoeira, ela vem como instrumento pedagógico de conscientização passado do Mestre para os discípulos no convívio em grupo. A capoeira em seus
recursos artístico e cultural, aborda vários aspectos; a arte marcial, a música,
os instrumentos, a poesia, valores históricos e o convívio social. O termo
criativo da ideia “jogar”, não está na disputa entre duas pessoas, mas pelo
melhor entre os dois e aos demais envolvidos numa roda de capoeira, inclusive o
público que assiste. A capoeira promove a paz e harmonia entre os povos, se
todos compreendessem os fundamentos dessa arte, não haveria espaço para
escravidão. Quando se trata de trabalho, esse viria como um complemento para a
vida e não para ferir a integridade de quem o faz.
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